huuuuum, chega de melancolia.
o blog "mera existência média" tá de mudança pra este novo blog aqui. aos poucos vou trazendo as poesias do antigo pra esse novo espaço de nome comprido, mas cuja sonoridade eu gostcho muitcho.
Essa é uma das antigas, que resgatamos numa intervenção do ALMA:
Sufi in the city
Amigos ide, pescai
Que as dores não, não doem mais
Amigos ide, pescai
Que as dores não, não doem mais
Ide ouvir Tamanduateí
Ide ver as gaivotas
Então cantar o que há de vivo em si
Então dançar a Ciranda de Gaia
Desfila, desliza, voa baixo,
Baixo à vista
Entoa, respira
O ar da noite, a paz, a brisa
Deixe malabarizar
Frente à avenida
Vem mistério iluminar
Trás das Avenidas
O morcego enxergou
O que há sob o véu de asfalto
E o anjo já plantou
Flores sobre o manto cinza
Flores sobre o manto cinza
---------------------------------
Estamos aqui Sobre o Rio Tamanduateí
Vide as almas passadas
Vide as terras reviradas
Protejei-vos do vento
Clamais os índios dizimados
Senti-vos no centro da civilização
Mantendo as costas escoradas no progresso
E, por isso, daqui elas sairão sujas, maculadas
Não há completude
Onde só há concreto
Setembro de 2008
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Partilha
Das palavras
Os pedaços de descontrução da identidade
As compras, as vendas, as trocas e barganhas
Os quase véus da quase Maya
Ou seriam os talvez paraísos perdidos da farsa do El Dorado?
Calendário Maia
Quantos ciclos hão de girar por sobre nossas cabeças confusas enquanto os labirintos da mente são preenchidos por paredes caiadas?
Nada sai do nada
O onde está difícil de achar
O quem está aqui, querendo ser comunidade
O como se traveste de mil formas
Invisíveis ou zumbis
Maquiadas, palhaçadas, estiradas, tropeçadas
Nos ancoradouros vertiginosos dos nossos portos poluídos
Tudo se tranforma
Desejo que os desencontros se reagendem
Que as intempéries nos alimentem
Que as borboletas sobrevivam
Frente às cinzas da metrópole
Que a mariposa bata as asas
Num zumbido mais sonoro que o helicóptero
E que as siriemas ao atravessarem a estrada
Sejam ágeis e espertas
Sábias em adaptar-se a este mundo em que nasceram
Que já estava esboçado quando chegaram
E que segue sendo sempre um rascunho de um cartunista
Que ora parece apaixonado, ora melancólico, ora áspero demais,
Mas que deve ter suas razões
Alexandre Falcão de Araújo
21 de dezembro, quase Natal de 2010
Os pedaços de descontrução da identidade
As compras, as vendas, as trocas e barganhas
Os quase véus da quase Maya
Ou seriam os talvez paraísos perdidos da farsa do El Dorado?
Calendário Maia
Quantos ciclos hão de girar por sobre nossas cabeças confusas enquanto os labirintos da mente são preenchidos por paredes caiadas?
Nada sai do nada
O onde está difícil de achar
O quem está aqui, querendo ser comunidade
O como se traveste de mil formas
Invisíveis ou zumbis
Maquiadas, palhaçadas, estiradas, tropeçadas
Nos ancoradouros vertiginosos dos nossos portos poluídos
Tudo se tranforma
Desejo que os desencontros se reagendem
Que as intempéries nos alimentem
Que as borboletas sobrevivam
Frente às cinzas da metrópole
Que a mariposa bata as asas
Num zumbido mais sonoro que o helicóptero
E que as siriemas ao atravessarem a estrada
Sejam ágeis e espertas
Sábias em adaptar-se a este mundo em que nasceram
Que já estava esboçado quando chegaram
E que segue sendo sempre um rascunho de um cartunista
Que ora parece apaixonado, ora melancólico, ora áspero demais,
Mas que deve ter suas razões
Alexandre Falcão de Araújo
21 de dezembro, quase Natal de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)